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LIÇÃO DE FILHA PARA PAI

Com a proximidade do dia 12 de junho – quando no Brasil comemora-se o Dia dos Namorados – me peguei refletindo sobre relacionamentos de uma forma geral, independente destes estarem na fase do namoro, do noivado, do casamento ou até da viuvez.

Mas voltemos ao tema principal do artigo, pois acho que divaguei. Em uma época em que boa parte dos relacionamentos dura em média duas edições de uma revista semanal, o que é namorar alguém? Como prestigiar o outro lado (seja a ficante, a namorada, a noiva ou a esposa) fazendo realmente a diferença?

Tomarei como exemplo a minha filha, em um namoro de três anos. Ambos estudantes universitários de áreas totalmente distintas (ela na medicina, ele na engenharia) o traço mais marcante do casal é o companheirismo. Não é incomum tê-los comigo em casa, cada um em um computador onde as telas apresentam sistemas digestvos (argh!) e modelos de choques elásticos (oba, sou suspeito por também ser engenheiro)!

E por que trago aqui este caso pessoal? Por uma razão simples: como estudantes, a dupla vive das respectivas mesadas, da renda pelos trabalhos temporários nas férias e, mais recentemente, da bolsa pelas monitorias que a Maria Luiza dá no cursinho de reforço onde estudou para se preparar para o vestibular. Posto de outra forma: o casal tem o orçamento reduzido, ainda que inteiramente dedicado às despesas pessoais, uma vez que moram com os respectivos pais.

(1) No dia: Para a comemoração do Dia dos Namorados, pretendem fazer um jantar romântico em um restaurante que não frequentam usualmente, decerto com a conta um pouco mais salgada do que as que costumam pagar. Mas, pelo menos até agora, não me solicitaram (nem aos pais do Ricardo) complemento de mesada, sinal, portanto, de que escolheram o local que caiba em suas contas, que tal?

(2) O presente: Como têm programada uma viagem nas férias de final de ano, optaram por lembranças, nada de exageros. Não sei como foi na casa do Ricardo, mas aqui em casa, paguei a passagem e agora a Maria Luiza desconta – tudo bem, a perder de vista! – o valor de sua mesada. E, para quem ache que sou pai cruel, cuidado com as generalizações, pois ela ficou toda orgulhosa de sua primeira grande compra, obtida a partir do que ganha nas aulas. De certa forma, ela repete o orgulho que senti quando comprei meu primeiro automóvel, de segunda mão, e financiado também a perder de vista pelo meu pai. E eu repito a lição dele, desde sempre preocupado em me mostrar o valor do dinheiro. Pelo sim, pelo não, a tão sonhada viagem tem feito os dois optarem por programas mais em conta, viva! Estão cientes de que a vida tem restrições, um bom sinal!

(3) A relação: Mantendo-me chegado, mas não íntimo – atenção a pais invasores de relacionamentos dos seus rebentos! – posso atestar que é uma relação sadia, um dando força ao outro, procurando aproximar amigos exclusivos, compreensivos às recíprocas limitações de horários, compromissos familiares ou demais afazeres. Pelo que vejo, são queridos: em recente comemoração dos futuros colegas médicos, não houve saia-justa para ele, assim também como na olimpíada da engenharia ela foi feliz. Resultado disso tudo: mais preocupados em conviver do que em impressionar, não vejo neles aquela urgência e sangria orçamentária com que jovens desta idade costumam querer conquistar seus parceiros ou parceiras...

Obviamente, não tenho a pretensão de achar que você se enquadre neste cenário específico que relatei. Mas abra o olho: se ele ou ela só valorizam a sua conta bancária e o que dela possam usufruir, cuidado. Divirta-se, mas não entregue o seu coração!

Um grande abraço e até a próxima!

O autor autoriza a publicação do artigo.

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