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Meu neném está chegando, e aí?

Não tenho a menor dúvida de que a chegada de um novo membro à família talvez seja a maior emoção que pais e mães babões possam ter em sua existência. Eu mesmo, ainda me lembro do que foi carregar a Maria Luiza (hoje com 19 anos) e o Rodrigo (hoje com 15) no colo, ainda na sala de parto.

Momentos indescritíveis que vou levar comigo pela vida afora. Mas avançando para além da emoção e partindo para a razão, se este é o seu caso, meu querido leitor, você acha que está financeiramente preparado para esta nova realidade? Pois foi pensando sobre isso que resolvi escrever o artigo de hoje, mesmo sabendo de antemão que muitos possam criticar minha visão um pouco mais materialista da questão, ainda que meu objetivo aqui seja apenas o de ajudar a uma paternidade/maternidade responsável!

- O que realmente importa?

Sim, si que todos os preparativos iniciais, a escolha dos móveis e da decoração para o quarto, as roupinhas, os sapatinhos e mais aquela infinidade de artigos que pais usualmente não sabem do que se trata – moisés, cueiros, por exemplo – são parte da questão, e quem sou eu para dar pitaco nesta área, não é mesmo? Fico restrito apenas à velha recomendação de sempre se fazer a pesquisa prévia à procura dos melhores preços. Mas vamos lá, reflita comigo: seja por questões culturais, emocionais ou mesmo pela falta de oportunidades, não é raro que aqui no Brasil um filho permaneça sob as asas dos pais até idades mais avançadas, concorda? Assim, o que deverá constar em seu planejamento de forma a garantir-lhe um futuro razoavelmente autossustentável?

- Por que não dar o exemplo?

Filhos em geral nos usam como seus heróis, o que significa dizer que nossos comportamentos acabam por lhes servir como modelo. Assim, se ele enxergar em você uma pessoa financeiramente responsável, metade do seu trabalho de educação e orientação estará encaminhado. Não me refiro aqui a ser pão-duro ou mesquinho, mas mostrar-lhes o valor do dinheiro, as vantagens de uma vida financeira equilibrada, a existência de restrições (não se pode comprar tudo ou quase tudo em um mesmo momento), os custos de se viver endividado, e por aí vai. Ou você acha que no futuro tais ensinamentos não lhes pouparão grandes aborrecimentos já que eles estarão acostumados à vida como ela é?

- Onde ele irá estudar?

Esta é uma questão que não para simplesmente na ideia de “quero o melhor ensino para os meus”, ainda que louvável. Dentre as diferentes escolas possíveis para cursar, além do ensino – que deve ser o fator determinante de sua decisão – avalie também as mensalidades e, talvez o mais importante elemento, infelizmente quase nunca aparente: qual o nível social/financeiro dos amigos que eles terão! Já vi muitos casos de frustrações familiares por conta da impossibilidade dos pais acompanharem o patamar de gastos que seus filhos teriam caso quisessem frequentar todas as atividades extras.

- Que tal garantir-lhe a faculdade?

Como o futuro é sempre incerto, vejo muitos pais, desde o nascimento de seus filhos, fazerem uma poupança mensal (não necessariamente uma caderneta!) destinada a cobrir os custos futuros da faculdade dos filhos. Acho louvável quem pensa assim, e a rede bancária em geral possui muitos produtos com tais características. Vale analisá-los!

- E se o pior acontecer?

Na dica anterior, partimos do pressuposto de que estaremos vivos até este momento, quando então os valores acumulados garantiriam os estudos dos filhos. Bem, mas o que aconteceria se, no meio do caminho, a fonte provedora desta poupança mensal ficasse sem capacidade de geração de renda (morte ou invalidez permanente, por exemplo)? Não vejo outra solução que não a contratação de seguro simultaneamente à formação da poupança. Neste caso, claro, os filhos seriam os beneficiários. Mas chamo a atenção para um aspecto: à medida que o tempo passa e a fatalidade – que bom! – não tiver ocorrido, a necessidade de cobertura irá diminuir, em função do saldo acumulado pela poupança mensal. Conclusão: converse com o seu corretor para que ele o ajude a dimensionar um seguro cujo valor da apólice possa ser reduzido conforme a passagem do tempo, que tal?

Um grande abraço e até a próxima!

O entrevistado autoriza o uso de suas declarações

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