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4 dicas para falar de dificuldades financeiras em família

Conversar sobre finanças em casa, segundo especialistas, é essencial para que haja equilíbrio nas contas. Mas quando há problemas com a administração do dinheiro pode surgir a dúvida: como falar sobre isso? A economista Adriana Spacca dá dicas de como entrar no assunto.

- Envolver ou não os filhos

Se a dificuldade é uma coisa passageira e não exigirá um esforço sensível da família para se recuperar, ou seja, situações em que os pais conseguem contornar sem ter de afetar a vida dos filhos e as suas próprias de maneira muito profunda, vale a pena “economizar” os filhos dessa preocupação. Entretanto, se a coisa estiver muito complicada é recomendável que os filhos saibam que algumas coisas vão mudar por algum tempo. Nesse caso, o menos é mais, principalmente com crianças epré-adolescentes. Explicar o que aconteceu, o que será modificado e por quanto tempo já é o suficiente. Isso passa segurança para os filhos e os fazem sentir que são parte da solução de uma dificuldade temporária.

- Abordagem do assunto

Falar sobre a questão da forma mais simples, honesta e direta possível é sempre a melhor opção. Deixar muito claro que são os pais que estão no controle da situação e que a participação dos filhos é de colaboração também é fundamental. É muito importante que os filhos não se sintam responsabilizados pela dificuldade ou pela solução. Eles devem se sentir parte da solução.

- E quando a mesada precisa ser reduzida ou suspensa?

Se os pais chegaram à conclusão de que vão ter que reduzir ou até mesmo suspender a mesada, isso tem de ser explicado. Aliás, essa possibilidade deve ser mencionada quando começamos a dar mesada para os filhos. Eles precisam saber que aquela quantia é uma fatia do rendimento dos pais, como uma fatia de bolo. Bolo menor, fatia menor.

- Ambiente emocionalmente estável

Todos os membros da família devem estar muito atentos ao velho ditado: “casa em que falta o pão, todo mundo grita e ninguém tem razão.” Quando temos problemas financeiros é natural que a nossa mente fique sobrecarregada com preocupações e em arrumar formas de sair dessa situação. E o sistema mental que utilizamos para dar conta dessas questões é também o responsável pelo nosso autocontrole, atenção e concentração. Portanto, se direcionamos a energia desse sistema para resolver as questões financeiras, sobra menos energia para as questões que envolvem autocontrole, e daí podemos ficar mais irritadiços, impacientes e até mal educados. A boa notícia é que podemos recarregar a energia desse sistema fazendo coisas de que gostamos, aquelas coisas que nos fazem “esquecer da vida”. Então, mesmo em meio a uma situação de adversidade, é recomendável encontrar um espaço para fazer coisas que nos fazem bem, porque isso vai nos ajudar a alimentar o sistema mental que utilizamos para resolver o problema.

O autor autoriza a publicação do artigo.

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