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Como lidar com o comportamento consumista dos filhos?

Uma criança e algumas sacolas de compra

É comum que as crianças sejam estimuladas ao consumo pela influência de propagandas e colegas que tenham um brinquedo, tênis e qualquer outro produto diferenciado. Mas, dentro de casa, o comportamento dos pais também é referência e, de certa forma, um espelho para a maneira como os filhos irão lidar com o dinheiro.

“A atenção dos pais faz toda a diferença na vida dos filhos. A tendência inconsciente deles é reproduzir o comportamento dos pais, portanto, deve-se estar atento à maneira de lidar com o dinheiro e com o consumo”, explica a psicóloga Gabriela Consedey. Confira abaixo a entrevista completa.

Losango – Diante de tantas oportunidades e propagandas, é normal que as crianças fiquem “hipnotizadas” e despertem o desejo de ter tudo o que veem pela frente. Como os pais podem saber quando uma criança realmenteestá se tornando consumista?

Gabriela Consedey – É importante que os pais estejam atentos aos exageros e, principalmente, ao descarte do que inicialmente parecia muito interessante e, de repente, já não é mais, como alguns modismos, por exemplo. O consumo precisa ser consciente, tem que fazer um sentido, e é muito bom quando isso pode ser trabalhado desde a infância. Isso significa começar a conversar assim que as crianças passam a entender o que representa o dinheiro, ou seja, por volta dos quatro anos.

Losango – Identificado este tipo de comportamento, de que maneira os pais devem lidar com a situação?

Gabriela Consedey – Uma boa saída é colocar o filho para pensar, refletir sobre o que o leva a querer essa ou aquela coisa, sobre o que o atrai, se ele realmente precisa daquilo. E que nem sempre podemos ter tudo o que desejamos. Por isso, pode-se mostrar a condição financeira da família, apontando que existem limites e um orçamento, e que isso deve ser respeitado.

Losango – As propagandas, os amiguinhos que têm aquele tênis novo, aquele jogo incrível e aquela boneca que fala... Tudo isso pode influenciar o desejo das crianças em ter estes produtos. De que forma os pais devem evitar o excesso?

Gabriela Consedey – Pode-se mostrar que as famílias têm realidades financeiras diferentes e falar sobre o porquê disso, explicando que cada profissional tem um valor de salário, cada família um padrão de vida e como aquilo foi conquistado. Começamos a lidar com as diferenças muito cedo, pois em uma mesma sala de aula pode haver crianças cujas famílias possuem situações financeiras diferentes e lidar com as diferenças faz parte da vida. É necessário que os pais tenham em mente que não é indicado fazer dívidas para saciar o desejo de consumo, pois é uma forma de tentar “burlar” a realidade comprando algo para além das possibilidades. E também incentivar as crianças a refletir e a valorizar o que se tem. Do contrário, corre-se o risco da criança crescer buscando sempre o que não tem e isso pode ser prejudicial na vida adulta.

Losango – Qual a melhor maneira dos pais iniciarem o hábito de poupar e não só de consumir nas crianças?

Gabriela Consedey – Mostrar o valor do dinheiro, o que fazem para ganhar e a realidade que se vive são boas alternativas. Também é interessante mostrar exemplos de situações em que se poupou dinheiro e o benefício alcançado. Crianças funcionam muito bem com exemplos.

Losango – E quando os filhos que recebem mesada não conseguem passar o mês com o que ganham e passam a pedir mais dinheiro?

Gabriela Consedey – É preciso estar sempre atento ao comportamento dos filhos. Além disso, é importante que eles tenham ciência de que é fundamental saber administrar o dinheiro, que ele é um recurso que, se for mal utilizado, pode faltar. Orientações e exemplos são muito importantes, assim como dicas de especialistas, livros e até filmes. Porém, é importante descobrir o que está por trás daquele comportamento, pois ele pode ser um sinal de que algo não vai bem e merece atenção especializada.

Losango – Nestes casos, o diálogo é a melhor solução? Qual a importância dos pais estarem sempre conversando e orientando os filhos quando o assunto são as finanças?

Gabriela Consedey – Uma coisa que é importante salientar é que a tendência inconsciente dos filhos é reproduzir o comportamento dos pais. Portanto, deve-se estar atento a como se lida com o dinheiro e com o consumo, pois haverá influência na vida deles. É preciso encarar bem os limites da vida e saber que nunca teremos e nem seremos tudo. É preciso saber aproveitar o que se tem da melhor maneira possível.

A autora e a entrevistada autorizam o uso de suas declarações. A Losango não se responsabiliza pelo conteúdo.

Esta informação não objetiva dar conselho legal, contabilidade ou taxa. As pessoas que acessam estas páginas devem obter orientação apropriada considerando os objetivos do investimento, situação financeira e necessidade. A orientação financeira oferecida não foi preparada considerando os objetivos de investimento em particular, situação financeira e necessidades de qualquer investidor em particular. Investidores orientados devem avaliar se é apropriado agir como tal.


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