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5 dicas para ajudar no início do ano

O fim do ano está próximo. Logo após as festas, a situação é a mesma para muitas famílias brasileiras: um grande número de dívidas do final do ano anterior soma-se às contas e despesas típicas dos primeiros meses. Material escolar (para quem tem filhos), IPVA e IPTU são as principais “dores de cabeça” do brasileiro nessa época. O consultor financeiro Ricardo Pereira dá dicas, com antecedência, para ajudar a se preparar financeiramente para 2016.

1. É mais vantagem pagar as dívidas do final de ano ou as contas do começo?

Priorize o pagamento das dívidas antigas. Geralmente elas têm mais juros – por exemplo, as do cartão de crédito. Para quem pretende atrasar o pagamento das despesas, a dica é tentar renegociar ou atrasar aquela que acarretar menos problemas. No caso dos mpostos, a inadimplência traz vários problemas legais. O ideal é priorizar as despesas mais pesadas e com mais juros, mas renegociar tudo para não ficar pagando juros e “empurrando” a dívida.

2. É melhor pagar o IPVA à vista ou a prazo?

Prefira sempre pagar à vista. Mas se você está com dívidas neste começo de ano, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos (IPVA) é uma das contas que podem ser deixadas para pagar a prazo. Alguns especialistas, aliás, acreditam que não vale a pena ficar com o bolso apertado para pagar o imposto de uma só vez, se o desconto para o pagamento à vista (oferecido por alguns estados) não for maior que 9%. Se você não tiver dinheiro para pagar nem a primeira parcela, alguns bancos oferecem linhas de crédito para o pagamento desses impostos, como uma última opção, mas o alerta de ajustar o orçamento para que o pagamento dessas despesas seja priorizado é essencial. 

3. E o IPTU?

Assim como o IPVA, o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) depende da cidade onde o imóvel está localizado e é calculado sobre o valor da propriedade. Por ser, geralmente, um valor pequeno, vale mais a pena pagar à vista, com desconto. O pagamento pode ainda ser efetuado em até dez prestações iguais, mensais, com vencimento sempre no mesmo dia de cada mês. Após o vencimento da parcela, o valor é acrescido de multa.

4. E o material escolar dos filhos?

Geralmente não é possível parcelar a matrícula de escolas, mas o material escolar, sim. Neste caso, comprar todos os materiais na mesma loja, após uma boa pesquisa, ajuda muito. É possível que você até pague um pouco mais caro, mas conseguirá condições melhores de parcelamento. Se você tiver dinheiro para pagar à vista, não se esqueça de pesquisar em várias lojas e comprar os itens em lugares diferentes, com preços menores. O brasileiro precisa entender que saber negociar é importante, e nesse momento, o poder de barganha do consumidor é ainda maior.

Algumas escolas exigem que o material seja comprado no próprio estabelecimento ou em alguma loja específica. Na prática, essa exigência não tem valor. De acordo com o Procon, é obrigação da escola fornecer a lista de material para os pais comprarem em qualquer lugar.

5. Qual a dica de economia para que o sufoco dessa época não se repita no próximo ano?

Se o aperto no ano seguinte já é previsto, por que não se preparar? Faça um planejamento: poupe dinheiro ao longo do ano para este momento e reserve o 13º salário para o pagamento de algumas despesas.
A maioria dos analistas e economistas acredita que em 2016 teremos um ano sob o ponto de vista econômico ainda mais delicado do que 2015. A maior dica é gastar com consciência, não assumindo dívidas de valores substanciais e  com duração de longo prazo.

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