Ter controle dos ganhos e gastos e manter a saúde financeira é uma tarefa difícil, mas não é impossível. E mais, o cartão de crédito ainda pode ser um aliado, desde que a ferramenta seja usada com responsabilidade. Para a economista Adriana Rodopoulos, controle é a palavra-chave para não prejudicar as finanças.
“O cartão de crédito é uma boa ferramenta para pagamentos, mas se mal utilizado, pode levar ao endividamento. Isto ocorre porque os atrasos no pagamento ou a realização do pagamento mínimo, repetidas vezes, faz com que a dívida aumente exponencialmente, como uma bola de neve”, diz.
A economista fala sobre as vantagens do cartão, lembrando que ele é um dos meios de pagamento mais seguros e é largamente aceito em estabelecimentos comerciais, dentro e fora do país. Sem contar que as instituiç˜es financeiras costumam fechar a fatura de 10 a 15 dias antes da data de vencimento do cartão.
“Isto quer dizer que as compras efetuadas nesse período entrarão na fatura do mês seguinte, gerando um prazo entre a compra e o pagamento em torno de 40 a 45 dias. Esse prazo maior para pagamento ajuda quando surge uma despesa que pode fazer o orçamento do mês vigente estourar”, explica.
De acordo com a economista, é preciso evitar ao máximo fazer pagamentos parciais da fatura e, principalmente, o pagamento mínimo. “Esse é um dos primeiros passos para que as contas não fujam do controle”.
“Talvez, para que as pessoas se conscientizem de que o cartão de crédito não é um complemento da renda, o ideal seja instituir um limite próprio (não aquele que a operadora estipula) e controlar os gastos dentro desse limite”, sugere a economista, aconselhando também a definir o tipo de gasto que será efetuado com o uso do cartão. “Uma boa opção também é o cartão de crédito pré-pago. Neste caso, você carrega o seu cartão com o ‘limite’ que mais lhe convier mês a mês”.
Adotar as ‘famosas’ planilhas financeiras também é uma das dicas consideradas por Adriana. Além disso, é importante mantê-la atualizada regularmente para não perder o controle do valor da fatura. “E se mesmo assim, por alguma eventualidade, as coisas fugirem do controle, busque uma alternativa de crédito mais barata para não atrasar o pagamento e nem optar por pagamentos parciais”, finaliza.
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