Ingressar na faculdade é, muitas vezes, um período marcante na vida de uma pessoa. É o início de uma nova fase de descobertas, dedicação e planejamento para a futura profissão. Muitos jovens prestam vestibular para universidades em outras cidades, o que implica mudanças que vão além da adaptação em um novo ambiente: viver longe da família, ter autonomia nos estudos e nos possíveis contratempos e, claro, organizar as finanças.
Um dos maiores desafios, na opinião da economista Adriana Rodopoulos, é a mudança drástica de ambientes, especialmente para aqueles que mudam para grandes centros urbanos. Os gastos com as necessidades básicas como alimentação, transporte e moradia costumam ser superiores do que em cidades menores.
Geísi Sabadinni, 25, está cursando o último período de Estudo de M&iaute;dias na Universidade Federal Fluminense (UFF) e vive esta realidade. Ela saiu de Guarapari, no Espírito Santo, em 2009, e diz que a maior dificuldade ao chegar foi começar do zero longe de casa. A estudante, que mora em uma república com outras três pessoas, diz que antes de arrumar um emprego fixo contava com a ajuda financeira dos pais e buscava empregos temporários para conseguir arcar com os custos.
“Quando resolvi vir para o Rio de Janeiro não me organizei financeiramente como deveria. Apenas juntei o dinheiro do meu último emprego em Guarapari e contei com as economias da minha mãe. Hoje penso mais nisso e estou sempre atenta às promoções para fazer o dinheiro sobrar no fim do mês”, conta Geísi.
A jovem encarou esta nova fase como um aprendizado. Na opinião de Rodopoulos, trata-se de uma etapa em que conselhos da família e de amigos com mais experiência nas finanças pode ser muito útil para compreender a relação com o dinheiro.
“Não nascemos sabendo lidar (bem) com dinheiro, então devemos ver esse momento como um aprendizado. Conversar com os amigos e verificar como eles estão lidando com isso, também pode ajudar bastante. O importante é aproveitar essa fase para aprender ao máximo”, orienta o economista.
É importante ter em mente que, em algum momento, o dinheiro pode acabar. Parece evidente, mas é preciso estar atento e determinado para resistir às tentações e conseguir controlar o orçamento mensal.
O autor autoriza a publicação da matéria. A Losango não se responsabiliza pelo conteúdo da matéria.
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